Olá, amigos e amantes do bom vinho!
Ao receber mais um pedido, resolvi atendê-lo o mais breve possível. O assunto é harmonização de queijos com vinhos.
Em primeiro lugar precisamos esquecer aquela velha forma de servir queijos e vinhos. É tradição entre os consumidores destas iguarias colocar para ser servido 4 ou 5 queijos em uma tábua e um único tipo de vinho. É importante sabermos que queijos diferentes, vinhos diferentes. Para cada queijo devemos servir um vinho diferente, geralmente. Mesmo a uva indicada, tem formas diferentes de vinificação e níveis diferentes de envelhecimento, teores de álcool e portanto, torna-se um vinho diferente. Mesmo que seja da mesma uva e região.
Há uma velha brincadeira que ilustra um pouco a possibilidade de harmonização. Um comerciante de vinhos ganancioso, quando vai comprar seus vinhos como maçã, sua adstringência é tanta, que ele percebe todos os defeitos do vinho a ser comprado e negociado seu preço. E, este mesmo, quando vai vender seus vinhos, oferece gentilmente como petisco um parmesão. Sua untuosidade, seu alto teor de gordura, encobre todos os defeitos dos vinhos para o consumidor.
Assim também, podem ser pensadas as relações entre os vinhos com as comidas. Em particular os queijos, neste momento, podem seguir as seguintes sugestões por princípios. Queijos mais duros, casam bem com vinhos mais encorpados, e queijos mais leves casam bem com vinhos mais leves. Queijos mais neutros de temperos casam bem com vinhos brancos e queijos mais encorpados, vinhos tintos.
Outra dica é na hora consumir um queijo de uma determinada região, buscar a uva daquela região. Um queijo de um lugar, casa bem com vinho da mesma região. Esse raciocínio pode ser seguido também para outras comidas. É interessante tentar entender os hábitos alimentares das pessoas de um lugar e descobrir os vinhos que produzem, eles falarão a mesma língua, pertencem ao mesmo terroir.
Abaixo indico algumas sugestões de harmonização:
O brie, pelo seu teor de cremosidade e gordura, deve ser acompanhado de um Chardonnay.
O provolone, muito consumido na mesa do brasileiro, pelo seu caráter defumado, que nem sempre o é de fato, e aqui, nem sempre é feito originalmente com queijo de ovelha(receita original), pode ser consumido com San Giovese. O toque de madeira que alguns vinhos possam ter combina bem com o caráter defumado de seu processo de produção.
O roquefort, pelo seu alto teor de gordura, o sal e os temperos, podem ser consumidos com um Late Harvest. A doçura e acidez combinarão muito bem por contraste e não por similaridade, sugeridas até aqui.
O camembert, quando jovem, deve ser servido com Chardonnay e caso ele seja mais velho, a Shiraz, cai muito bem.
O nosso campeão de pedidos parmesão, deve ser servido com o Cabernet Sauvignon.
O emental, pode ser servido tanto com Pinot Noir, quanto com Cabernet Sauvignon.
O peccorino, meu favorito, deve ser servido com Sauvignon Blanc, de preferência um Sancerre.
Eis aqui algumas sugestões. Na próxima postagem,penso em sugerir algumas marcas específicas, mas não se esqueçam que sempre é importante respeitar as tradições do hábito de consumo, a técnica correta de harmonização, o padrão de paladar e a disposição em pagar pelo vinho e o queijo.
Ao receber mais um pedido, resolvi atendê-lo o mais breve possível. O assunto é harmonização de queijos com vinhos.
Em primeiro lugar precisamos esquecer aquela velha forma de servir queijos e vinhos. É tradição entre os consumidores destas iguarias colocar para ser servido 4 ou 5 queijos em uma tábua e um único tipo de vinho. É importante sabermos que queijos diferentes, vinhos diferentes. Para cada queijo devemos servir um vinho diferente, geralmente. Mesmo a uva indicada, tem formas diferentes de vinificação e níveis diferentes de envelhecimento, teores de álcool e portanto, torna-se um vinho diferente. Mesmo que seja da mesma uva e região.
Há uma velha brincadeira que ilustra um pouco a possibilidade de harmonização. Um comerciante de vinhos ganancioso, quando vai comprar seus vinhos como maçã, sua adstringência é tanta, que ele percebe todos os defeitos do vinho a ser comprado e negociado seu preço. E, este mesmo, quando vai vender seus vinhos, oferece gentilmente como petisco um parmesão. Sua untuosidade, seu alto teor de gordura, encobre todos os defeitos dos vinhos para o consumidor.
Assim também, podem ser pensadas as relações entre os vinhos com as comidas. Em particular os queijos, neste momento, podem seguir as seguintes sugestões por princípios. Queijos mais duros, casam bem com vinhos mais encorpados, e queijos mais leves casam bem com vinhos mais leves. Queijos mais neutros de temperos casam bem com vinhos brancos e queijos mais encorpados, vinhos tintos.
Outra dica é na hora consumir um queijo de uma determinada região, buscar a uva daquela região. Um queijo de um lugar, casa bem com vinho da mesma região. Esse raciocínio pode ser seguido também para outras comidas. É interessante tentar entender os hábitos alimentares das pessoas de um lugar e descobrir os vinhos que produzem, eles falarão a mesma língua, pertencem ao mesmo terroir.
Abaixo indico algumas sugestões de harmonização:
O brie, pelo seu teor de cremosidade e gordura, deve ser acompanhado de um Chardonnay.
O provolone, muito consumido na mesa do brasileiro, pelo seu caráter defumado, que nem sempre o é de fato, e aqui, nem sempre é feito originalmente com queijo de ovelha(receita original), pode ser consumido com San Giovese. O toque de madeira que alguns vinhos possam ter combina bem com o caráter defumado de seu processo de produção.
O roquefort, pelo seu alto teor de gordura, o sal e os temperos, podem ser consumidos com um Late Harvest. A doçura e acidez combinarão muito bem por contraste e não por similaridade, sugeridas até aqui.
O camembert, quando jovem, deve ser servido com Chardonnay e caso ele seja mais velho, a Shiraz, cai muito bem.
O nosso campeão de pedidos parmesão, deve ser servido com o Cabernet Sauvignon.
O emental, pode ser servido tanto com Pinot Noir, quanto com Cabernet Sauvignon.
O peccorino, meu favorito, deve ser servido com Sauvignon Blanc, de preferência um Sancerre.
Eis aqui algumas sugestões. Na próxima postagem,penso em sugerir algumas marcas específicas, mas não se esqueçam que sempre é importante respeitar as tradições do hábito de consumo, a técnica correta de harmonização, o padrão de paladar e a disposição em pagar pelo vinho e o queijo.
Saúde e bom apetite!
2 comentários:
Olá, Professor!!!!
Mais uma vez, agradeço sua atenção e gentileza.
Alegro-me em perceber que não erro muito nos meus encontros comigo mesma.
(edeliabbud@hotmail.com)
Professor Alexandre!
Eu sua próxima postagem com a sugestão de marcas específicas, peço a gentileza de acresentar as combinações de vinho com a estação maravilhosa que se aproxima - o verão!
Beijos
Edeli Abbud
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